Eleição

O DECRETO DE DEUS

"Creio na doutrina da eleição porque tenho absoluta certeza que, se Deus não me escolhesse, eu jamais O escolheria. Tenho certeza que Ele me escolheu antes de eu nascer, ou do contrário nunca me escolheria depois disso."[C. H. Spurgeon]

Posted by Cristianismo Puro e Simples on Domingo, 19 de abril de 2015

sábado, 30 de março de 2013

Um tal Simão Cirineu na Via Crucis



O relato do evangelho de Marcos mostra uma cena a parte e muito interessante, cena esta descrita nos evangelhos sinóticos (Mc 15:21, Mt 27:32 e Lc 15:21 e com ref. em Rm 16:13).






Trata-se da história de Simão Cireneu, natural de Cirene, cidade ao Norte da África, e que veio a Jerusalém para participar das festividades da Páscoa, não sabendo ele que iria encontrar face a face com o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Tendo sua vida (especula-se que possivelmente seja o mesmo de At 13:1) e sua família transformada pelo evangelho. Observamos em Rm 16:13 quando Paulo em sua saudação, lembra dos filhos de Simão e ainda faz menção honrosa a sua esposa, considerando-a como uma mãe.


Um dia horrível para Simão, curioso pelo tumulto e gritarias, queria ver quem era aquele que estava sendo injustamente considerado como malfeitor. Precisava ver aquele homem, homem de dores, o Justo. 
Sobre seus ombros uma pesada cruz, o rosto ensopado de sangue, quase não conseguia ficar em pé, tamanha agonia e sofrimento, possivelmente tombando e rastejando com aquele madeiro, neste momento um soldado romano recruta Simão, no meio da multidão, compulsoriamente o chama dentre muitos ali presentes. O soldado romano tinha este direito, qualquer cidadão da Palestina poderia ser obrigado a prestar serviço ao exército. 

E lá estava Simão, escolhido em meio a uma grande multidão, aquele homem que chegou com grande expectativa a Jerusalém, com o fim de celebrar a Páscoa com seus compatriotas e familiares, estava agora face a face com o sofrimento daquele Justo, e sendo obrigado a carregar aquela cruz, um fato na história que foi lembrado para sempre, que honra para Simão poder servir ao Salvador em suas últimas horas na terra, este evento transformou seu ser. Aquela cruz, aquele sacrifício livrou a Simão e a todos nós de uma terrível condenação. Cristo a tomou por nós,  espontaneamente sua vida entregou, como está escrito em Jo 10:18  “a vida...ninguém a tira de mim, pelo contrário eu espontaneamente a dou...”.

Este ínfima humilhação de Simão o Cirineu não se compara a grande agonia e humilhação de Cristo, todo desprezo, vergonha e dor. Não tem comparação ao sofrimento do cordeiro que foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades, ele se fez pecado por nós para nele fossemos feitos Justiça de Deus. Executou um obra tremenda e grandiosa, foi obediente e fiel até a morte e morte de cruz.

Páscoa é entender este sacrifício único e suficiente de Cristo na cruz, é saber que mesmo em meio aos contrastes que a cruz revela em nosso ser, que devemos agir de acordo com ela, negando a nós mesmo e vivendo uma vida de renúncia na qual ela exige, devemos ter a total confiança no sacrifício substitutivo e completo de Cristo, pois ele morreu a nossa morte para que vivêssemos sua vida, nos trazendo tão poderosa salvação.

O mundo precisa reconhecer a importância da Pascoa, não somente a festividade, a confraternização com a família, as comidas. O verdadeiro sentido tem que ser a morte e ressurreição de Cristo, que em sua grande humilhação fomos agraciados com uma poderosa salvação para um tão pobre pecador. Que nesta Páscoa o reconhecimento seja desta poderosa obra do filho de Deus, e que possamos negar a nós mesmos, tomar a nossa cruz, e segui-lo em obediência (Mc 8:34-35).

Feliz Páscoa, Cristo morreu e ressuscitou e agora está assentado no trono a destra de Deus, e todo joelho se dobre e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.

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